Monday, July 28, 2014

A Marca de Todas as Coisas




Uau! Que vida. Que fantástica história e que maravilha ter sido escrita agora em que toda a temática faz tanto sentido para mim. Uma jóia. Termino sem tristeza por ter terminado, o que é raro quando leio um livro assim, mas termino muito mais rico pelo que este livro me deu. Que pena que não foi baseado numa história verídica... Assim teríamos mais para ler e pesquisar sobre a obra e vida de Alma Whittaker. 
Que se desengane quem leu e gostou de "Comer, Orar, Amar", esta é um romance de ficção que não terá muito a ver com a outra obra que eu não consegui ler e que, agora por causa deste livro, tenho vontade de dar uma segunda hipótese. Talvez.
Não sei se este livro será amado pelo grande público, mas felizes os que conseguem compreende-lo, esses vão adora-lo. Um gosto por plantas ou botânica talvez ajude.
Há só algumas linhas que eu não colocava neste romance. Não têm grande relevância para a história da maneira crua como estão escritas. São os prazeres sexuais da personagem. Eles estão lá. Fazem parte da vida. Mas não havia necessidade de os escrever tão pormenorizados. Talvez um rasgo de modernidade da autora que eu, pessoalmente, não gostei. Dou-lhe só por isso 4,9 estrelas.

Thursday, July 24, 2014

Flores de Asclepidaceae

Adoro estas pequenas suculentas e as suas flores diferentes.


Duvalia modesta


Larryleachia cactiformis


Echidnopsis cereiformis

Monday, July 21, 2014

Bulbophyllum lobbii


Fiquei muito contente por esta primeira floração do Bulbophyllum lobbii, só que esta planta, que floriu pela primeira vez, tinha uma surpresa para mim. Depois da primeira flor, uma segunda e ainda uma terceira flor. E assim, fez um lindo arranjo de três flores. Para primeira floração, não está nada mau. 
Este Bulbophyllum está na estufa quente e com bastante humidade.




Saturday, July 19, 2014

Jornal do Orquidófilo - JULHO


Este é o primeiro número do "Jornal do Orquidófilo", a publicação do "Clube dos Orquidófilos de Portugal". Por ser o número de estreia, será distribuído a todos os interessados. Se tiver curiosidade em ler o jornal, basta enviar uma mensagem para o email do Clube (clubeorquidofilosportugal (arroba) gmail (ponto) com) pedindo que lhe seja enviado por correio eletrónico o jornal. 

Os próximos números serão enviados somente aos associados do Clube. Se se pretender associar, tem todas as indicações no Jornal e no site do Clube, clicando em " Como Inscrever-se".

Gostariamos também de receber as vossas opiniões pois, só com elas podemos fazer mais e melhor!!

Boas leituras!

Friday, July 18, 2014

Sempervivum

O fascínio que estas plantas exercem sobre os homens remonta a muitos séculos atrás. Para além de serem utilizadas como plantas medicinais, na época medieval o sumo das suas folhas era utilizado para curar uma enorme quantidade de maleitas, havia também um valor místico que lhes era atribuído. Sendo plantas que crescem em zonas montanhosas e rochosas, muitas vezes cresciam também nas fissuras dos muros e telhados de pedra, esse hábito deu origem a uma crença de que estas plantas, nos telhados, protegiam as casas contra efeitos maléficos, entre eles, a queda de relâmpagos. Foi tanto assim que o grande imperador francês Charlemagne (séc. VIII) ordenou por decreto que todos os edifícios que lhe pertencessem tivessem Sempre-vivos (nome também utilizado no feminino ‘Sempre-vivas’) plantados nos telhados. A espécie mais comum, Sempervivum tectorum, quer dizer mesmo isso: ‘Sempre-vivos dos telhados’.


As plantas do género Sempervivum pertencem à família das Crassulaceae. São plantas de zonas montanhosas, que crescem normalmente entre os 800 – 2500m de altitude. Podem ser encontrados no Sul da Europa, países mediterrânicos, Ásia ocidental e norte de África. Existem entre 40 a 50 espécies de Sempervivum na natureza e cerca de 8000 híbridos produzidos pelo homem. Nas últimas décadas do século passado os Sempervivum perderam um pouco a sua popularidade e o aparecimento de uma tão grande variedade de novos cultivares, com cores e formas diferentes, ajudou a evitar que estas plantas caíssem no esquecimento.
São plantas alpinas e como tal, muito resistentes às intempéries. Tanto a temperaturas baixas e neve, como a períodos curtos de seca. Como o próprio nome indica, é uma planta que mesmo negligenciada ou com poucas condições se mantém sempre viva. Nas nossas casas, há, no entanto, que ter alguns cuidados. Devem ser cultivadas no exterior e apanhar o máximo de sol directo possível. As plantas que são mantidas à sombra ficam todas verdes perdendo as cores e grande parte da sua beleza. Habituadas a crescer nas fissuras das rochas e em solos pobres, costumamos brincar dizendo que os Sempervivum não precisam de cuidados nem de substracto mas a verdade é que no nosso país, que é mais seco do que as montanhas de onde são originários, precisamos de dar uma ajudinha.

As plantas são suculentas e formam uma roseta de folhas lisas e pontiagudas. A disposição das folhas pode variar, desde mais fechados, mais geométricos, em espiral. A forma e a cor das folhas também são variáveis. Podem ser de uma só cor ou ter mais do que uma cor. Geralmente as pontas são mais escuras. Existem alguns em que as folhas do centro da roseta são mais escuras ou têm uma cor diferente e outros que alteram a cor conforme as estações do ano. Raramente se encontra um Sempervivum sozinho, geralmente estão rodeados de filhotes. Emitem estolhos, caules rastejantes, que terminam numa nova planta bébé, exactamente igual à sua progenitora. Existem espécies que emitem um ou dois estolhos, outros emitem vários. O nome comum desta planta nos Estados Unidos é ‘Hen and Chicks’, que traduzindo será ‘Galinha e pintos’ devido a esta particularidade das plantas adultas estarem sempre rodeadas de filhotes como pintos a seguir as mães-galinha. 

Os Sempervivum são plantas monocárpicas, ou seja, só dão flores uma vez e de seguida morrem. Quando se tornam maduras, com dois ou três anos de idade, as rosetas deixam de produzir filhotes e preparam-se para florir. As cores ficam mais intensas e as folhas principiam for se alongar. De seguida a parte central cresce e na ponta aparecem as flores. Essas hastes florais podem atingir os 30cm, dependendo de espécie para espécie. As flores têm a forma de uma estrela e podem ter entre 8 a 16 pétalas. Normalmente são cor-de-rosa ou púrpura mas também existem espécies com flores amarelo-claro. A polinização é feita por insectos e as sementes produzidas são espalhadas pelo vento.



Para cultivar estas suculentas utilizo vasos pequenos de barro com substracto próprio para cactos e suculentas. Pode-se fazer uma mistura caseira de substracto universal com uma mistura de areia de sílica para assegurar uma melhor drenagem. Temos que ter cuidado com o excesso de água que pode apodrecer os Sempervivum. A colocação dos vasos ao sol directo e em lugares com bom arejamento ajuda a evaporação rápida da água. Coloco também areão fino (3mm) ou areia grossa por cima do substracto para que só o pé da planta esteja em contacto directo com o substracto. Mas como referi anteriormente, são plantas resistentes. Já as vi tapadas de neve durante dias, à torreira do sol e debaixo de fortes chuvadas sem que isso lhes fosse fatal.
Para além dos vasos de barro, o interessante em plantar estas plantas é que podemos inventar. Como não precisam de muito substracto podem ser plantados nos mais variados locais, convencionais ou não. Eu gosto até de usar vasos de bonsai, taças e tabuleiros diferentes para fazer as composições. Pode-se plantar uma espécie por vaso ou combinar mais do que um tipo. O contraste entre cores, formas e texturas é sempre divertido na jardinagem.

Monday, July 14, 2014

Flores em Piodão

Estive uns dias ausente mas por uma boa razão. Estive de férias a cirandar pelo nosso país e a ver coisas bonitas, entre elas muitas flores e jardins. O povo português gosta de jardins, é a conclusão a que chego, mas não gosta o suficiente. Devíamos gostar mais para continuarmos a ser o 'Jardim à beira-mar plantado' que chamavam ao nosso país... Devíamos cuidar mais das nossas plantas, dos nossos jardins. É verdade que temos um clima que, em certos locais é difícil, mas há países que sofrem com o frio e resolvem esse problema. Acho que o calor por vezes é uma desculpa para justificar o desleixo. E não é uma questão particular, visitei vários jardins privados muito bonitos e bem tratados, os jardins públicos sofrem bastante, com a falta de jardineiros qualificados, de dinheiro para manutenção e rega. As autarquias até fazem jardins... mas depois não os regam!!! S. Pedro não é suficiente para regar um jardim novo. É uma tristeza assistir à morte de árvores e plantas por falta de rega.

Isto foi um desabafo. Haveria muito mais para dizer sobre o assunto.

Entretanto visitei a pequena vila de Piodão, entalada na serra e com as suas casinhas de xisto e portas azuis. As plantas adoradas pelos habitante de Piodão são também azuis... São as 'Hortênsias' (Hydrangea). Muito bonitas. Mas no meio das casinhas e em cantinhos pelas ruas apertadas também se iam encontrando 'Brincos de Princesa' (Fuchsia) e outras flores coloridas que contrastavam com o negro do xisto e o azul das portas.

Muito bonito mas pouco aproveitado.


Aldeia de Piodão





Monday, July 07, 2014

Alsobia dianthiflora

Depois de ter levado alguns anos a dar uma ou duas flores por ano, a Alsobia dianthiflora deu, este ano, algumas dezenas de flores. São muito bonitas, branquinhas e com as pétalas recortadas. As folhas também são bonitas, aveludadas. Acho que está na altura de fazer umas estacas para ver se consigo novas plantas a partir desta. Quando terminar a floração.





Friday, July 04, 2014

Revista Jardins Julho / Agosto 2014


E neste começo de Verão, está já à venda a revista Jardins de Julho / Agosto. Neste número podem ler o meu artigo sobre ORQUÍDEAS onde falo de duas espécies que são uns doces...
Mas este número é também especial porque foi onde apareceu a primeira notícia escrita sobre o início do C.O.P. - CLUBE DOS ORQUIDÓFILOS DE PORTUGAL.
Mas há muito para ler neste número dedicado a dois, cada vez mais famosos, festivais de jardins ibéricos: o Festival de Jardins de Ponte de Lima e de Allariz. Um artigo sobre as esculturas no Parque das Nações, a Planta do Mês é a Adelfa (Nerium oleander) e a Teresa Chambel escreve sobre "Flores para o Verão". O Tiago Veloso escreve sobre Hibiscus e o Bruno Aguiar sobre canteiros elevados nos jardins. Depois de aprender mais sobre "Como manter as plantas verdes no Verão" e "Refrescar o ambiente com um lago no jardim" aprenda sobre os ingredientes para as saladas de Verão. A Fernanda Botelho escreve sobre o "Ano Internacional da Agricultura familiar".
O J.P. Brigand escreve sobre as Anoneiras e o Márcio Meruje sobre as associações de Bonsai. Para terminar, a Vera Nobre sobre os jardins de Hampton Court.

Thursday, July 03, 2014

The Flower of Empire



Este livro retrata a época em que a botânica ganhou maior importância quando com as descobertas marítimas, milhares de plantas novas eram encontradas pelo mundo fora.
O livro começa com a descoberta do Nenúfar Gigante nas margens do Amazonas na selva da Guiana quando este era uma colónia inglesa. A par dessa descoberta, dá-se a coroação da rainha Victória.
O livro retrata toda uma sociedade inglesa dessa época, quando os caçadores de plantas traziam novidades para a velha Europa, quando se faziam descobertas, quando as colecções botânicas privadas criavam um status.
Apaixonado como sou pela história da botânica e dos jardins, em especial ingleses, este livro foi como se tivesse sido escrito para mim por encomenda. Aqui encontrei muitas personagens que admiro e que fiquei a conhecer melhor, aqui se falou de orquídeas, da grande exposição de Londres, da evolução das estufas desde as caixas de Wardian até ao Palácio de Cristal e da importância que a descoberta do nenúfar Victoria amazonica (no início chamado de Victoria regia) significou para toda uma sociedade.
Apaixonante para loucos como eu.

Wednesday, July 02, 2014

Phalaenopsis lobbii



Uma pequena Phalaenopsis, as flores não tem mais de 2 cm, que cultivo há algum tempo. Tive alguns problemas no início com o excesso de humidade nas folhas mas foi ultrapassado desde que comecei a inclinar os vasos. Esta planta é recente, comprada em Março na exposição de Orquídeas de Dresden.
São micro-orquídeas originárias desde o Este dos Himalaias até à Indochina.
Esta espécie foi descoberta nos Himalaias, a uma altitude de 1500 m em 1845, por Thomas Lobb. O nome da planta foi dado em sua honra.
Gosta de temperaturas quentes, e gosta de humidade. Cresce em troncos de árvores baixas e cobertas de musgos e líquens . A minha está na estufa aquecida num pequeno vaso transparente com mistura de musgo de esfagno com casca de pinheiro.